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Como conversar com seus filhos sobre a guerra Israel-Gaza
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Como conversar com seus filhos sobre a guerra Israel-Gaza

Como conversar com seus filhos sobre a guerra Israel-Gaza

26/10/2023
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A guerra Israel-Gaza é angustiante e as crianças e os adolescentes podem estar se perguntando por que esta violência está ocorrendo e o que mais acontecerá no futuro. Aqui, em São Paulo, ondem vivem comunidades judaicas, árabes e palestinas, esse assunto virou uma coisa comum em muitas casas, nas escolas e entre os amigos.

Tal como os adultos, as crianças e jovens são mais capazes de lidar com notícias e imagens perturbadoras quando compreendem mais sobre a situação. Aqui, estão algumas sugestões para ajudar pais e cuidadores a apoiarem as crianças e os adolescentes de uma forma construtiva e útil.

Comece perguntando ao seu filho(a) o que ele(a) já sabe. Provavelmente, eles já ouviram falar sobre a guerra e do seu possível impacto regional e global. Esta informação pode vir da TV, das redes sociais, da escola, de amigos ou de comentários ouvidos entre adultos. No entanto, muitas informações podem não ser precisas.

À medida que as crianças lhe contam o que sabem sobre a situação, preste atenção a mal-entendidos ou a rumores assustadores. Reconheça a confusão. Você pode explicar que mesmo os adultos não sabem tudo o que está acontecendo – as notícias podem mudar rapidamente ou fornecer pontos de vista conflitantes.

Os adultos têm muitas preocupações sobre esta crise. Eles temem que a violência possa piorar ou se espalhar. Têm também preocupações mais amplas sobre a forma como a guerra pode tornar outros países mais instáveis ​​e o impacto que pode ter no Brasil.

Depois que seu filho(a) compartilhar suas preocupações com você, forneça explicações honestas. Corrija mal-entendidos ou informações erradas, mas não ignore ou minimize seus medos. Ajude seu filho(a) a identificar maneiras de lidar com a ansiedade, a tristeza e os medos, em vez de fingir que eles não existem ou não deveriam existir. Lembre-se de que as crianças compreenderão e reagirão de maneira diferente de acordo com sua idade de desenvolvimento e experiências pessoais.

Limite a quantidade de exposição à cobertura da mídia e à discussão nas redes sociais. Muita exposição pode ser opressora para qualquer pessoa e dificultar a compreensão do que está acontecendo e o processamento dos sentimentos relacionados.

É útil que as crianças saibam o suficiente para sentirem que entendem o que aconteceu. Porém, a exposição a imagens gráficas, grandes quantidades de informação ou cobertura contínua e repetitiva dos meios de comunicação social, não é. As entrevistas com pessoas feridas na guerra ou com familiares e amigos daqueles que morreram ou foram raptados podem ser muito perturbadoras.

A cobertura da mídia pode desencadear sentimentos de tristeza nas crianças que vivenciaram a morte de um amigo ou membro da família, mesmo que não esteja relacionada à violência.

Para as crianças que têm familiares ou amigos diretamente afetados, esta guerra parecerá muito pessoal, é claro. Eles se identificarão mais de perto com o estresse e as perdas vivenciadas. As crianças de famílias que têm laços fortes devido a questões religiosas também podem se sentir ligadas a essa questão.

Embora todos desejemos que as crianças não tenham ouvido falar dos horrores da guerra, a disponibilidade imediata de notícias e imagens não permite isso. Ficar em silêncio não protegerá as crianças do que aconteceu – apenas as impedirá de compreender e lidar com a situação.

Não comunicar sobre o que está acontecendo na guerra pode, na verdade, aumentar a ansiedade. Pode levar as crianças a imaginarem que há eventos mais perigosos e pessoalmente ameaçadores prestes a ocorrer.

Durante essas discussões, as crianças podem demonstrar que estão chateadas. Elas podem chorar, ficarem ansiosas ou irritadas ou ainda mostrar de alguma outra forma que estão lutando. Lembre-se: são os detalhes sobre a guerra que são difíceis de processar, que os perturbam, e não a discussão.

Falar sobre a guerra dá-lhes a oportunidade de mostrar o quanto estão realmente chateados. Este é o primeiro passo para lidar com seus sentimentos e se ajustar à sua nova compreensão do mundo.

Quando uma guerra resulta em tantas mortes, destruição e perturbação, é natural ficar chateado. No entanto, se as crianças continuarem muito perturbadas durante vários dias ou tiverem pesadelos persistentes, parecerem incapazes de lidar com os seus medos ou tiverem problemas na escola, em casa ou com os amigos, é uma boa ideia falar com alguém de fora do grupo familiar para obter conselhos. A guerra pode ter desencadeado outras experiências, preocupações ou angústias.

Você pode querer falar com seu pediatra, professor, conselheiro escolar, profissional de saúde mental ou membro do clero para obter aconselhamento. Lembre-se de que você não precisa esperar até achar que eles precisam de aconselhamento. Aproveite esse apoio sempre que achar que será útil.

 

Fonte:

Academia Americana de Pediatria (Copyright @ 2023)

 

Saiba mais:

https://institutopensi.org.br/falando-com-o-seu-filho-sobre-a-guerra-na-ucrania/

https://institutopensi.org.br/a-guerra-fere-os-mais-jovens-de-maneira-duradoura/

https://institutopensi.org.br/como-tratar-de-politica-com-criancas-e-adolescentes-e-criar-cidadaos/

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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