PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
Futebol é jogo para meninas sim
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
Futebol é jogo para meninas sim

Futebol é jogo para meninas sim

17/08/2023
  1689   
  0
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

É incrível imaginar que existia um decreto lei, de número 3.199, de 14 de abril de 1941, promulgado por Getúlio Vargas, que dizia: “Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país.” E com isso, não foi só o futebol que as mulheres estavam proibidas de praticar. Halterofilismo, beisebol e lutas de qualquer natureza, por exemplo, não eram adequados também. Diziam que as práticas de contato não eram compatíveis ao corpo feminino, visto que precisavam se preservar para a maternidade.

A proibição só deixou de existir após muita luta e resistência por parte das mulheres em 1979. A proibição institucional de uma prática esportiva não só gerou atrasos e retrocessos no desenvolvimento da modalidade, pois não permitiu que elas participassem e realizassem competições esportivas nacionais e internacionais, organização de bases e calendários, como também comprometeu culturalmente e simbolicamente o acesso de gerações de mulheres a esses esportes, uma vez que eram considerados impróprios e “masculinizados”, gerando muito preconceito.

Pelo tempo que as mulheres foram proibidas de jogar, a gente tem um intervalo com o futebol masculino. Enquanto o Brasil era três vezes campeão mundial, as meninas eram proibidas de jogar. Com o empoderamento feminino em diversos aspectos, o futebol feminino foi se estabelecendo e ficando cada vez mais forte. A jogadora Marta foi escolhida seis vezes como a melhor do mundo, assim como Messi – jogador argentino que apesar de escolhido várias vezes o melhor do mundo, só foi ser campeão de uma copa na última que disputou. Talvez ocorra a mesma coisa com a Marta.

Hoje em dia, meninas brasileiras podem e jogam bola em vários lugares, como escolas e clubes. Elas têm seus campeonatos e ligas e mesmo assim são vítimas de preconceito.

A Copa do Mundo FIFA de Futebol Feminino de 2023 é a nona edição do torneio de seleções femininas. O evento acontece entre os dias 20 de julho e 20 de agosto, sendo a edição mais tardia deste formato da Copa do Mundo. As competições acontecem na Austrália e na Nova Zelândia, sendo a primeira edição a ocorrer em dois países simultaneamente, além de ser o primeiro mundial de futebol profissional a acontecer nesses dois países, tendo como novidade a ampliação do formato para 32 participantes.

Durante a transmissão dos primeiros jogos, os comentários dos haters (odiadores) eram “mandando as mulheres lavarem louças” e “fazerem balé”, como se esse fosse um papel delas. Pobres almas desses odiosos, não perceberam que o mundo mudou e eles, frustrados que são, ficaram para trás.

As mulheres desempenham papéis cada vez mais importantes na sociedade mundial e elas podem e devem ter os mesmos direitos que os homens, principalmente no respeito e na questão salarial, cuja diferença no futebol é enorme. É um machismo, especialmente contra as jogadoras. Se você não gosta do futebol feminino, simplesmente não assista.

Pegando carona nesse assunto, a Fundação José Luiz Egydio Setúbal lançou mais uma websérie no nosso canal @SaudedaInfancia, no YouTube: “Vozes do Futebol Feminino”.

Neste vídeo emocionante, vamos conhecer a jornada de Helena, Julieta e Vitória, meninas que desde pequenas jogam futebol! Elas vão compartilhar conosco suas experiências, seus primeiros passos no gramado até as conquistas mais significativas. Juntas, elas mostram que o futebol é para todas as pessoas e que a garra, a técnica e a dedicação transcendem estereótipos. Ouviremos sobre os obstáculos que tiveram que superar, o apoio da família e dos amigos e como encontraram forças para seguir em frente.

Além disso, vamos entender a importância do futebol feminino como ferramenta de empoderamento e inclusão, rompendo barreiras e abrindo caminhos para as futuras gerações de jogadoras.

Esse vídeo é dedicado a todas as meninas que sonham em jogar futebol profissionalmente ou apenas por diversão, encorajando-as a acreditar em si mesmas e a lutar por seus sonhos, independentemente dos obstáculos que possam surgir no caminho.

 

Fonte:

Vídeo:

Vozes do Futebol Feminino: Superação e Paixão https://www.youtube.com/watch?v=JW19eWuvxdk

Saiba mais:

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.