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Quando falamos em pedras nos rins, raramente associamos a uma doença em crianças, mas ela existe e não é tão rara assim.
Pedras nos rins são concreções duras dos minerais e outros elementos normalmente encontrados na urina. A pedra forma-se primeiramente no rim, antes de passar para os tubos de ligação entre o rim e a bexiga. Raramente, formam-se pedras na bexiga.
Enquanto pedras nos rins podem ocorrer em qualquer idade, mesmo em recém-nascidos prematuros, a maioria ocorre em adolescentes, sendo que a maior incidência está entre as meninas adolescentes.
Existem muitos tipos de pedras renais em crianças, mas o mais comum contém cálcio em associação com outros materiais. As pedras variam em tamanho, com a maior parte ao redor de 0,5 a 1 cm.
Na maioria das crianças e adolescentes, pedras nos rins são devidos à dieta e/ou à quantidade de fluido das bebidas. Em algumas crianças, no entanto, acontece por conta de:
1- Problema herdado (genético)
2- A obstrução do fluxo de urina
3- Infecção renal
O sinal mais comum de pedra nos rins em crianças mais velhas e adolescentes é o início súbito de dor nas costas ou de lado. A dor geralmente é constante e intensa, e muitas vezes provoca náuseas e vômitos. Esta dor pode se encaminhar para a área da virilha à medida que a pedra passa para baixo do trato urinário. Na maioria das vezes, isso faz com que o sangue apareça na urina. Algumas vezes, as pedras nos rins só são detectadas por meio de exame de sangue, outras vezes é possível ver a olho nu.
As crianças com pedras nos rins são geralmente incapazes de dizer exatamente onde está a dor e só se queixam de que sua barriga dói. Há crianças que não sentem dor e o diagnóstico só é percebido durante avaliação médica.
Embora a localização e intensidade da dor e a presença de sangue na urina sejam sugestivos de uma pedra de rim, o diagnóstico baseia-se em encontrar uma pedra no trato urinário por um raio-X ou ultrassom. Por vezes, o diagnóstico é feito por meio da captação da pedra na urina depois de ter saído.
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Muitas pedras podem ser vistas com um raio-x simples de abdômen ou com um ultrassom dos rins. A tomografia computadorizada pode mostrar as menores pedras, mas expõe a criança a mais radiação. Se você ou o seu médico suspeitarem que seu filho tenha uma pedra no rim, ele ou ela pode ajudá-lo a decidir o método necessário, a fim de fazer um diagnóstico.
Uma vez que uma pedra é descoberta, o objetivo inicial é ajudar seu filho a passar pelo problema e um dos primeiros atos do tratamento é incentivar a ingestão de grandes quantidades de água e outros fluidos. Em certo sentido, eles estão tentando “eliminá-la.” Se o seu filho não consegue urinar por causa da dor e náuseas, pode ser necessária uma infusão de soro na veia. Muitas vezes, a medicação é dada para ajudar a reduzir a dor.
Pedras maiores do que um centímetro podem exigir cirurgia ou litotripsia para removê-las. A litotripsia usa uma máquina especial para enviar ondas sonoras cujo objetivo é esmagar a pedra em pedaços muito pequenos que podem ser passados para baixo do trato urinário. Embora possa parecer assustador, é bastante seguro e não danifica os rins. A litotripsia pode ser feita até mesmo em crianças pequenas, ainda que para isso elas precisem tomar anestesia e adormecer.
O melhor tratamento é a prevenção de novas pedras. Todas as crianças com pedras nos rins devem:
1- Beber muito líquido ao longo do dia
2- Limitar os sais minerais em sua dieta
3- Limitar a quantidade de sódio ou refrigerantes que consomem
O seu médico pode pedir-lhe para armazenar toda a urina do seu filho por um período de 24 horas com o objetivo de testar fatores específicos que podem predispor a criança a pedras nos rins. Com esta informação, o médico vai entender melhor por que seu filho adquiriu uma pedra e ser capaz de fazer recomendações dietéticas específicas ou prescrever certos medicamentos para ajudar a prevenir a formação de novas pedras. Seu médico também pode recomendar que o seu filho consulte um nefrologista pediátrico ou urologista que tenha experiência no tratamento de crianças com pedras nos rins.
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Fonte: Academia Americana de Pediatria (Copyright © 2012)
Atualizado em 7 de junho de 2024