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As doenças cardiovasculares são raras em crianças, no entanto, fatores de risco presentes na infância podem aumentar significativamente a probabilidade de se desenvolver enfermidades cardíacas na idade adulta.
Por isso, as novas diretrizes feitas nos EUA (pelo National Heart, Lung, and Blood Institute, parte dos Institutos Nacionais de Saúde, aprovadas pela Academia Americana de Pediatria) orientarão os prestadores de cuidados de saúde, por meio de um roteiro integrado para tirar todas as dúvidas em relação aos principais fatores de riscos cardiovasculares.
As novas recomendações mostram como prevenir o desenvolvimento de fatores de risco cardiovascular e aperfeiçoar a saúde do coração, o que começa com o leite materno e uma dieta baixa em gorduras saturadas, a partir de um ano de idade. As diretrizes também incentivam a proteção contra o fumo, bem como atividade física regular. Ao trabalhar com as famílias, podemos evitar que as crianças tenham problemas mais sérios na fase adulta.
Uma mudança significativa a partir das orientações anteriores está na realização de exames para verificação do nível de colesterol, que devem ser realizados pelo menos uma vez entre 9 e 11 anos de idade e novamente de 17 a 21.
Estima-se que uma pesquisa universal seja realizada a fim de identificar as crianças com um risco elevado de doença cardiovascular e permitir que os pediatras acompanhem estes pacientes e orientem seus pais e cuidadores.
Menos de 1% das crianças, principalmente aquelas com dislipidemias genéticas, ou seja, excesso de gordura no sangue, qualificariam-se para baixar o colesterol com medicamentos. A maior parte delas deveria ser tratada por meio de modificações de estilo de vida, que inclui dieta e atividade física para as que têm pressão arterial elevada.
Leia também: O risco do colesterol elevado na infância e adolescência
A diretriz também identifica a idade e as estratégias específicas para reduzir fatores de risco e regular doenças cardiovasculares em crianças e adolescentes.
Estamos cientes de que os médicos têm uma longa lista de coisas que é preciso orientar como parte da promoção da saúde e prevenção de doenças. E o assunto é realmente importante e deveria estar no rol. Nós, como pediatras, precisamos orientar para que as crianças comecem no caminho certo e devemos mantê-las na categoria de baixo risco sempre que possível.
Fonte: “The Expert Panel Report on Integrated Guidelines for Cardiovascular Health and Risk Reduction in Children and Adolescents” – published online Nov. 11, 2011 in the journal Pediatrics as a supplement to the December 2011 print issue
Atualizado em 21 de fevereiro de 2024