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A inclusão escolar da criança autista melhora, mas ainda é pequena
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A inclusão escolar da criança autista melhora, mas ainda é pequena

A inclusão escolar da criança autista melhora, mas ainda é pequena

18/04/2022
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Como se sabe, o número de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou simplesmente Autismo, tem aumentado muito nas últimas décadas e a dificuldade de incluir essas pessoas tem sido muito grande. Mas, nesse mês de abril, que é dedicado à conscientização do Autismo, temos uma boa notícia: nos últimos cinco anos, houve um aumento substancial de matrículas de crianças e adolescentes diagnosticados com TEA nas escolas regulares no Brasil.

Apesar do aumento de matriculados, os desafios continuam. Nossos professores precisam melhorar a sua formação e o ambiente nas escolas precisa ser adaptado (flexibilização de materiais e oferta de auxiliares de ensino na sala de aula). Sem falar da negativa ou limitação de matrículas que ainda ocorrem na rede privada – que apesar de ilegais, ainda são muito comuns – e do preconceito contra crianças com necessidades específicas em geral.

Segundo o último censo escolar, quase 300 mil alunos com autismo estavam matriculados nos ensinos infantil, fundamental ou médio das redes pública e privada em 2021. A alta é de 280% se comparada a 2017, quando havia 77 mil. Números que chamam a atenção, mas, segundo educadores e terapeutas, representam apenas uma parcela do universo que deveria frequentar a sala de aula. Só de autistas, no Brasil, seriam mais de 1,5 milhões de pessoas, segundo estimativas.

“Conhecer as características de cada um é essencial. Nem todos dentro da mesma especificidade são beneficiados pela mesma estratégia. A gente tende a padronizar alunos com deficiência, mas as características comuns não os tornam iguais. Inclusão envolve diversificar estratégias e não repetir modelos”, diz Rodrigo Hübner Mendes, um especialista em inclusão e diversidade na educação de crianças e jovens desde que fundou o Instituto Rodrigo Hübner Mendes, em 1994. Desde 2005, quando o instituto desenvolveu o Programa Plural, ele também colabora para que a rede pública de ensino brasileira seja capaz de atender alunos com algum tipo de deficiência na sala de aula regular.

Não é fácil ensinar ou fazer a educação das crianças autistas. Veja o que escreveu a neuropsicóloga Yasmine Martins, do Autismo e Realidade, iniciativa da Fundação José Luiz Egydio Setúbal sobre escola e professores para autistas:

 “Ao acompanhar alunos diagnosticados com TEA, os educadores introduzem diversas condutas para auxiliar o desenvolvimento desses estudantes. O ambiente físico da sala de aula deve ser sempre organizado, com cortinas e cores neutras. Durante o período de aula, é aconselhável a presença de um acompanhante escolar para atender às particularidades do aluno autista. Esse profissional pode ser um estagiário de pedagogia, por exemplo. O objetivo é que a criança seja exposta à estimulação de perto, em todo o período da aula: o acompanhante irá orientar sobre as atividades que o professor ministra, irá influenciar a interação com outros colegas e garantir que o autista tenha acesso a recursos pedagógicos que o auxiliem.

Por fim, trago o conceito de generalização, no qual um comportamento passa a ser autônomo e ocorrer em diversos ambientes, frente a diversos estímulos. Por exemplo, ao ensinar o autista sobre a obrigatoriedade de atravessar a rua na faixa de pedestres e com o sinal aberto, é importante repetir o ensinamento várias vezes e em diversas situações e lugares. O mesmo se aplica ao conhecimento acadêmico, ao se ensinar matemática.

O ideal seria introduzir exercícios práticos em sala de aula, com números em EVA ou fichas sobrepostas para numeração. Em sequência, é recomendável realizar um teatro sobre pagar uma conta de luz e receber o troco correto, ou até mesmo levar o aluno para uma aula na cantina da escola, onde ele irá se comunicar com o atendente e comprar o seu próprio lanche”.

No dia 2 de abril, comemorou-se o Dia Internacional de Conscientização do Autismo e a percepção é de que a batalha pela inclusão escolar ainda engatinha, mas que, graças a lutas de várias organizações da sociedade civil, a vida destas crianças e jovens está melhorando.

 

Fonte:

https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,inclusao-de-aluno-autista-avanca-no-brasil-mas-ainda-e-desafio,70004026963

 

Saiba mais:

https://institutorodrigomendes.org.br/#topo

https://autismoerealidade.org.br/

https://autismoerealidade.org.br/2022/03/11/estrategias-pedagogicas-para-alunos-autistas/

https://institutopensi.org.br/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-os-sinais-do-autismo/

https://www.youtube.com/watch?v=y-_Ly5Tqggc&t=54s

https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/criancas-com-necessidades-especiais/

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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