PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
A partir de quando podemos começar a ajudar as crianças a crescerem mais felizes?
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
A partir de quando podemos começar a ajudar as crianças a crescerem mais felizes?

A partir de quando podemos começar a ajudar as crianças a crescerem mais felizes?

25/08/2011
  2919   
  0
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

Costumamos ouvir das famílias muitas dúvidas sobre as melhores maneiras e momentos para ajudar as crianças a tornarem-se mais saudáveis e independentes. Modernamente sabemos que as experiências precoces, positivas ou negativas, definirão como o cérebro será “moldado”. Portanto, é nos primeiros anos que inicia-se um padrão de funcionamento.

Podemos dizer que os bebês são “pequenos cientistas”, desde cedo observando o ambiente e as pessoas ao seu redor. Como um bom pesquisador, analisa, levanta hipóteses e registra. Por exemplo, se conseguimos acalmar um bebê que chora por fome, antes que ele se desespere, provavelmente ele será mais tranquilo nas próximas situações. Assim por diante, indivíduos com experiências iniciais positivas, desenvolverão boas teorias sobre o mundo e os relacionamentos, serão mais otimistas, terão melhor auto-estima, enfim, estarão mais preparadas para os desafios da vida adulta.

A qualidade dos estímulos e interações será decisiva tanto para as funções cognitivas, como para as emoções. Até poucos anos atrás, desconhecíamos que as experiências de um bebê em seus primeiros dias ou meses teriam impacto na arquitetura cerebral e nas aptidões afetivas e cognitivas futuras.

As neurociências nos demonstram que as habilidades ou funções têm “janelas de oportunidade” ou “períodos críticos”. A maioria das sinapses é formada nos três primeiros anos de vida, mantendo-se estável até o fim da primeira década de vida. Essa é a razão da importância das primeiras experiências: as sinapses ativadas repetidamente pela estimulação tornam-se permanentes, e as não ativadas serão eliminadas. Nessa perspectiva, podemos dizer que as bases para a inteligência e a emoção estão em efervescência na criança pequena. Então, como ajudar as crianças?

Algumas competências consideradas importantes, podemos favorecer:

  • Competências motoras e sensoriais: esquema corporal, lateralidade, aptidão para esportes e artes. Podemos ajudar  as crianças a otimizarem essas habilidades se, desde cedo, permitirmos que explorem o ambiente com estímulos variados e adequados. Dica: cante, converse, mostre figuras e conte histórias para os bebês. Apresente brinquedos coloridos e sonoros e estimule os movimentos e descobertas. Brincadeiras são convites à ação e ao aprendizado psicomotor: bebês gostam muito de ver objetos e pessoas aparecerem e desaparecerem… Logo nos primeiros meses, brincar de “esconde-esconde”, fazendo aparecer e desaparecer  o  rosto da mamãe, e depois objetos de seu interesse, instiga a curiosidade e a fantasia. Você notará como ele se alegra ao encontrar o que sumiu!
  • Competência social: flexibilidade, sensibilidade e estabilidade emocional. Características muito importantes para qualquer contexto ou situação, permitem demonstrar as  próprias emoções e compreender a dos outros, melhorar a comunicação e, em em situações difíceis, manter o bom humor. Dica: ofereça um ambiente estável, demonstre à criança que ela é compreendida e atendida. Se a criança cresce confiando nos adultos e nas interações, tem mais chances de ser empática e alegre.
  • Competência para resolver problemas: capacidade de pensar de forma crítica e encontrar estratégias. Pessoas que não desistem diante das  primeiras dificuldades e buscam soluções novas, são versáteis e criativas. Dica: apresente pequenos desafios e incentive a criança a buscar solução. Podem ser desafios motores, como acertar a bola no cesto, ou cognitivo, como responder a um enigma. Os jogos de regras e estratégias também são muito bons para os maiores. O principal  é valorizarmos as tentativas e auxiliar, quando necessário. Pedir e aceitar ajuda é uma forma de ampliar o repertório, sem frustrações exageradas.
  • Autonomia e resiliência: a criança independente e resiliente apresen­ta auto-estima positiva  e autocon­trole. Tem comportamentos flexíveis e adaptativos mesmo em situações de stress ou insucesso. Dica: você pode ajudar as crianças a perceber várias perspectivas de uma situação. Contos, enredos de filmes ou eventos cotidianos são boas oportunidades para comentarmos as superações, a possibilidade de ganhar e perder, como situação natural de aprendizado e fortalecimento. Alguns personagens infantis, heróis e deuses mitológicos nos permitem um recurso prazeiroso e eficiente para ampliar a compreensão dos conflitos. Permitem  perceber que algumas coisas se transformam e que podemos mudar situações com atitudes construtivas. Outras situações não podem ser mudadas, mas podemos redimensioná-las, para que não nos abatam. Os limites fazem parte da realidade e precisam ser assimilados com o menor sofrimento possível.

De forma geral, o ambiente seguro e acolhedor, com adultos disponíveis e afetivos são nutrientes fundamentais para o desenvolvimento saudável e relações felizes. Acreditamos que criatividade e estabilidade emocional são excelentes ferramentas para o resto da vida e começam no colo da mamãe!

Leia também: Por que brincar?

Texto elaborado por Germana Savoy, psicóloga e ludoeducadora

Atualizado em 26 de janeiro de 2024

Comunicação PENSI

Comunicação PENSI

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

mensagem enviada

  • Lia Moraes disse:

    O livro infantil JOÃO AGITADÃO da editora Caravansarai é muito divertido e ajuda as crianças hiperativas a se verem de uma forma mais positiva.

  • iolanda disse:

    O que pode desencadear variações de humor numa criança de 3 anos, com reações absurdas de gritos e choros, de até agressividade.Ex:horário de dormir, isso desde que nasceu, é depois das 2 horas da manhã, mesmo com tudo ao redor em silêncio. Acorda-la é outro fator de gritos, pois ela não quer ser acordada antes do meio dia.Tambem tem muitas manias, como ter que repetir várias vezes alguma coisa.E seletiva com alimentação.E possível criança ser bipolar?

    • Equipe Sabará disse:

      Olá Iolanda

      Estes sintomas devem ser avaliados por um psicólogo, que é a melhor pessoa para diagnosticar a criança. É importante também que converse com o pediatra que a acompanha, pois ele poderá observar se existe a necessidade de um encaminhamento.

      Abraços!

  • karita disse:

    ola gente meu nome e karita eu tenho 10 anos e sou magrinha de mas com 10 anos tenho 26 km isso e um pesso serto? para minha idade

    • Equipe Sabará disse:

      Olá Karita, sem seu quadro clínico não temos como apresentar a normalidade do seu peso. Recomendamos que peça aos seus pais ou responsáveis para que a levem a uma consulta. Só o médico poderá informar se está tudo certo com você. Abraços.

  • Abigail disse:

    Ola meu nome é Abigail eu tenho 11 anos eu tenho estomago alto o que eu posso fazer por favor me ajudem e também eu tenho umas Gordurinha a mais me ajude a emagrecer… Conto com sua ajuda.bjs

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.