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De onde vem o nome das coisas?
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De onde vem o nome das coisas?

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13/07/2015
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Você sabe por que a cadeira tem esse nome? E a garrafa? Descubra aqui por que colocamos nomes nas coisas e de onde eles surgem!

Quando nascemos, a maioria das coisas que conheceremos e farão parte do nosso dia a dia já possui um nome próprio. Ainda crianças, procuramos entender a relação do nome com o objeto. Vai ser difícil você encontrar algo que já não tenha sido nomeado. Esse processo de nomear as coisas existe desde que nós seres humanos desenvolvemos a habilidade da fala pela primeira vez. Falar nada mais é do que substituir gestos e imagens, tornando a comunicação mais rápida e clara entre as pessoas. Para isso é necessário que todos, tanto o falante quanto o ouvinte, saibam descifrar o código da fala, ligando cada palavra ao seu significado.

Vamos criar uma historinha? Um bebê que ainda não aprendeu a falar está com fome, que ele faz? Por ainda não conhecer a palavra “leite”, ele tenta falar isso para sua mamãe chorando, pois articular as silabas ainda é muito difícil para ele. Conforme nosso bebê cresce, ele desenvolve outros meios de comunicação: usando a cabecinha e as mão para dizer sim e não e, mais tarde, podendo até desenhar objetos mesmo sem ter escutado seu nome. Assim é como nós tentamos falar, quando nos faltam palavras. Você ainda se lembra de quando não conseguia pronunciar palavras como “inconstitucionalissimamente”? Até que de repente: bum! As palavras saem cada vez em maior número e mais claras.

Podemos, finalmente, interagir melhor com os pais e com o mundo. Nosso bebê cresceu e virou um garoto muito esperto. Sempre que ele encontra algo de novo, que nem o dicionário deu conta, ele logo inventa um nome. De repente, de tanto ele usar a nova palavra para o novo objeto, sua família e seus amigos comecem, também, a chamá-lo pelo nome inventado. Não é divertido dar nome às coisas sem nome? Quando nós fazemos isso, estamos tomando posse daquele objeto, que acabará participando de nossa cultura e de nossas vidas. Por isso, alguns dizem até que nomear é fazer algo existir em nosso mundo. Mas, você deve estar se perguntando de onde surgiram esses nomes que nós já conhecemos!

Na verdade, não se sabe ao certo como se originaram os primeiros nomes. Como já foi falado, nossa necessidade de nomear vem de épocas pré-históricas, quando os primeiros homens começaram a se comunicar uns com os outros. O que se sabe é que os primeiros nomes podem ter sido formados pelo som que cada animal, objeto ou pessoa fazia. Um exemplo claro disso é a arara. Uma ave que, provavelmente, ganhou seu nome quando, pela primeira vez, um índio a escutou conversando em “ararês” com suas vizinhas tagarelas na floresta. Os seres humanos não são menos falantes do que as araras, então, com o passar do tempo, novas palavras foram sendo formadas, usadas, emprestadas e reinventadas. Esse processo acontece ainda hoje. Você percebe como muitos vovôs e vovós usam palavras diferentes? Isso acontece porque cada povo e geração age sobre sua língua, tornando-a cada vez mais viva.

O fato é que é mesmo maravilhoso brincar com o nome das coisas e criar novos nomes a partir disso. Mas atenção: é importante entender que isso leva tempo e algumas pessoas podem estranhar se você começar a mudar o nome das araras, dos tigres, do leite, ou até o nome dos verbos, como “dançar, cair, sorrir…”. Afinal de contas, as palavras estão aí para nos unir etornar a comunicação mais fácil.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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