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A inadmissível piora na mortalidade infantil
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A inadmissível piora na mortalidade infantil

A inadmissível piora na mortalidade infantil

20/07/2018
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O Ministério da Saúde aponta que o número de mortes de crianças de até um ano de idade chegou, em 2016, a 14 para cada mil nascidas vivas. Trata-se de elevação de 5% sobre os 13,3 apurados em 2015. A taxa de mortalidade infantil é um dos indicadores mais básicos do grau de desenvolvimento de uma sociedade, sendo quase inconcebíveis tendências de piora em sua evolução. É com perplexidade, pois, que se observa o aumento recém-medido no Brasil, pois não há registro de outra alta nas estatísticas padronizadas que têm início em 1990, quando a taxa era de 47 a cada mil. O progresso do Brasil nesse indicador vem dos anos 40 quando rondava assustadores 150 no censo do IBGE em 1940.

Infelizmente, são poucos explicativas ou justificáveis, até o momento as explicações para essa triste pioram em 2016. Foi mencionado pela área técnica do governo, a epidemia de Zika (com 315 mortes) quando tivemos mais mortes por malformações graves. Outro fator seria a recessão econômica no período 2014-16, com impactos na renda familiar, na arrecadação de impostos e nos investimentos nas políticas públicas, finalmente entre as causas hipotéticas está a queda dos índices de vacinação nos últimos anos que estamos chamando a atenção nos últimos meses. Alerta recente do Ministério da Saúde também mostrou que 312 cidades relataram baixos índices de vacinação contra a poliomielite, que voltou a circular nas Américas após registro na Venezuela.

De todo modo, o país já obteve reduções expressivas da mortalidade infantil quando o gasto público era menor que o atual, graças a avanços no saneamento, na educação e na nutrição.

A Unicef registra que, historicamente, a queda da mortalidade infantil no Brasil está associada a uma série de melhorias nas condições de vida e na atenção à saúde da criança: segurança alimentar e nutricional, saneamento básico e vacinação estão entre elas. A instituição diz que a maior parte dos óbitos se concentra no primeiro mês de vida, o que evidencia a importância dos fatores ligados à gestação, ao parto e ao pós-parto.

A boa notícia, se é que pode se dizer, é que números analisados mostrem a volta da melhora em 2017. Apesar das melhoras significativas e de termos, com antecedência, ter atingido os objetivos do milênio neste indicador, falta muito ainda para alcançar os países desenvolvidos onde a mortalidade infantil está na ordem de cinco a cada mil nascimentos.

Saiba mais:

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Fonte:https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2018/07/sinais-de-alerta.shtml

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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