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Pobreza e Saúde da Criança
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Pobreza e Saúde da Criança

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23/09/2016
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Enfatizo sempre que o Hospital Infantil Sabará pertence a uma Fundação e apesar de fazer atendimento na medicina Suplementar, ele não visa lucro e seus resultados financeiros são aplicados em atividades sociais. Uma das bandeiras sociais que levamos é a da primeira infância, para a qual fazemos parte da NCPI (Núcleo de Ciência Pela Infância). Um dos fatos mais importantes é a adversidade da pobreza e seu impacto na Saúde Infantil e que se reflete por toda a vida.

 

Crescer pobre torna tudo mais difícil. Para muitas crianças, viver nos limites da pobreza, impede sua capacidade de atingir seu maior potencial.

 

Consequências da pobreza sobre a saúde infantil:

 

  • Crianças de famílias pobres ou que vivem em bairros ou regiões pobres, são mais propensas do que as outras crianças a terem graves problemas de saúde.
  • Baixo peso de nascimento – Má nutrição e tabagismo durante a gravidez são causas comuns de baixo peso ao nascer. Esses bebês têm maiores taxas de re-hospitalização, problemas de crescimento, doenças infantis, problemas de aprendizagem e atrasos no desenvolvimento. Os bebês que nascem com baixo peso ao nascer estão em maior risco de morrer no primeiro ano de vida.  
  • As doenças crônicas, como a asma – Qualidade da habitação pobre (mofo, frio, calor) e exposição ao fumo passivo são fatores contribuintes para esta doença.
  • Obesidade e pressão arterial elevada – Bairros pobres podem não ter playgrounds, parques, ou esportes organizados para as crianças. Todas estas coisas são barreiras para um peso corporal saudável.
  • Lesões acidentais aumentadas – Vivendo em uma casa que não é segura e em um bairro perigoso coloca as crianças em maior risco de violência.
  • Falta de preparação para a escola – As crianças pobres são menos susceptíveis para participar em atividades organizadas e, muitas vezes, não têm material didático suficientes ou livros em casa. Famílias de baixa educação parental e monoparentais são fatores complexos que podem interferir com a preparação para a escola.
  • Estresse tóxico. Ser pobre é estressante. Ela provoca danos ao cérebro e à saúde física e mental de uma criança na idade adulta.
  • Experiências adversas na infância (ACEs). Violência no lar, ter um pai na prisão, e negligência emocional aumentam a quantidade de estresse tóxico que as crianças enfrentam. Crianças em situação de pobreza são mais propensas a terem essas experiências que aqueles que vivem acima da linha de pobreza.

 

Hoje, 1 em cada 5 (cerca de 15,5 milhões de dólares) de crianças vivem na pobreza nos EUA e 23% são menores de cinco anos. O maior alcance que temos para crianças com menos de cinco anos de idade é através de pediatras.

 

Um pediatra pode perguntar a uma criança, “Onde dói?”. Mas não pode questionar o pai da criança, “Você tem dificuldade em fazer face às despesas no final do mês?” É impossível para um pediatra saber quem precisa ajudar sem pedir.

 

Pediatras, tanto individualmente como através de capítulos estaduais da AAP, também estão trabalhando para políticas que apoiem as famílias pobres.

 

O Brasil não possui esta tradição, que é muito comum nos EUA. Talvez pelo momento político que estamos passando esta seja uma boa hora para começarmos a pensar nas nossas crianças carentes.

 

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Fonte:

  1. Pobreza e Saúde da Criança, nos Estados Unidos (Declaração de Política AAP) Academia Americana de Pediatria (Copyright: © 2016)
  2. https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/estresse-toxico-e-seus-efeitos/
  3. https://institutopensi.org.br/?s=primeira+inf%C3%A2ncia

 

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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