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Recomendações sobre refluxo gastresofágico em bebês prematuros
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Recomendações sobre refluxo gastresofágico em bebês prematuros

Recomendações sobre refluxo gastresofágico em bebês prematuros

27/09/2018
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O Refluxo Gastresofágico (RGE), geralmente definido como a passagem do conteúdo gástrico (do estômago) para o esôfago, é um fenômeno quase universal em neonatos prematuros.

A ocorrência fisiológica normal de RGE em crianças pode ser distinguida da doença patológica do RGE, que inclui sintomas problemáticos ou complicações associadas ao RGE.

O RGE ocorre comumente em lactentes, em parte por causa de volumes relativamente grandes ingeridos durante a alimentação e posicionamento supino (de costas).

O RGE se torna clinicamente significativo, dependendo tanto do grau de acidez quanto da quantidade de refluxo, bem como possíveis lesões na mucosa esofágica. RGE é um diagnóstico comum nas UTINeonatais; no entanto, há uma variação de tratamento entre os diversos locais.

RGE em bebês prematuros é mais frequentemente diagnosticado e tratado com base em sinais clínicos e comportamentais do que em testes específicos para provar ou refutar a patologia, e muitos bebês continuam a ser tratados após a alta hospitalar.

No entanto, a evidência de que o refluxo gastresofágico causa danos em bebês prematuros é escassa. De fato, o uso rotineiro de medicamentos antirrefluxo para o tratamento de RGE sintomático em bebês prematuros foi uma das terapias apontadas como sendo de valor questionável.

Para uniformizar e orientar melhor o pediatra sobre este assunto a Academia Americana de Pediatria lançará um relatório clínico intitulado “Diagnóstico e Tratamento do Refluxo Gastresofágico em Bebês Prematuros”, publicado na edição de julho de 2018 da revista Pediatrics.

refluxo-gastresofagico

Os sinais clínicos frequentemente atribuídos ao RGE podem incluir intolerância ou aversão à alimentação, ganho de peso insuficiente, regurgitação frequente e sinais comportamentais, como irritabilidade e arqueamento após a amamentação.

As medidas conservadoras para controlar o refluxo incluem a posição lateral esquerda do corpo, a elevação da cabeça e as mudanças no regime de alimentação, mas nenhuma delas demonstrou reduzir os sinais clinicamente avaliados de RGE no recém-nascido pré-termo.

Há uma falta de evidências de que a medicação também forneça alívio para o refluxo gastresofágico, e evidências emergentes mostram que as opções de tratamento farmacológico podem até ser prejudiciais.

A AAP recomenda que os medicamentos para RGE sejam usados ​​com moderação, se for o caso, em bebês prematuros. A academia descreve o RGE no bebê prematuro como um fenômeno normal de desenvolvimento que geralmente se resolve com a maturação.

Saiba mais sobre este assunto nos posts do blog do Hospital Infantil Sabará:

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Fonte: Pediatrics June 2018

From the American Academy of Pediatrics – Clinical Report

Diagnosis and Management of Gastroesophageal Reflux in Preterm Infants

Eric C. Eichenwald, COMMITTEE ON FETUS AND NEWBORN

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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