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Nos dias de hoje, parece que as crianças ficaram mais alérgicas e os imunologistas estudam muito sobre o assunto. Os pequenos que sofrem de alergias alimentares podem ter episódios perigosos e reações alérgicas potencialmente fatais devido à ingestão acidental de alimentos a serem evitados. Na edição de junho da revista Pediatrics deste ano, saiu um interessante artigo sobre o assunto.
No estudo intitulado “Allergic Reactions to Foods in Preschool-Aged Children in a Prospective Observational Food Allergy Study,” os pesquisadores estudaram 512 crianças diagnosticadas com alergia a ovo e a leite. O acompanhamento médio foi de 36 meses. Em geral, 52,5% das crianças relataram reações e, a maioria delas (71,2%), foram provocadas pelo leite (42,3%), pelo ovo (21,0%) e pelo amendoim (7,9%), com exposições acidentais atribuídas a ingestão involuntária por:
1. Rótulo não foi lido atentamente;
2. Alergia cruzada;
3. Os alimentos foram fornecidos por pessoas que não eram os pais em 50,6% das reações.
O interessante foi constatar que 834 das reações a ovo, leite ou amendoim foram atribuídas à exposição proposital a estes alimentos que deveriam ser evitados.
Concluindo, houve uma alta frequência de reações causadas pela exposição acidental e não acidental. O subtratamento de reações graves com adrenalina foi um problema importante, pois não havia disponibilização da droga nos locais onde ocorreram as reações alérgicas.
Para evitar que isso aconteça é preciso vigilância constante, como a leitura da etiqueta do produto a ser consumido, evitar a exposição não acidental, a prevenção de contaminação cruzada, a administração de adrenalina apropriada e educação de todos os responsáveis sobre o assunto.
Leia também: Quando suspeitar de alergia alimentar quando a criança não quer comer?
Fonte: Allergic Reactions to Foods in Preschool-Aged Children in a Prospective Observational Food Allergy Stud
Atualizado em 8 de abril de 2024