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Minha filha é uma princesa!
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Minha filha é uma princesa!

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05/03/2013
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Outro dia, colocamos no Facebook do Hospital Sabará uma pesquisa feita na USP por uma antropóloga que estudou a influência das princesas da Disney e o comportamento das meninas nos dias de hoje. Quem tem filha, neta ou sobrinha deve adivinhar o que ela afirmou.

Leia abaixo o excerto da matéria publicada:

“No Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, a antropóloga Michele Escoura estudou de que maneira as imagens de princesas de contos de fadas servem como um referencial de gênero e exemplo de feminilidade. “A pesquisa Girando entre Princesas: performances e contornos de gênero em uma etnografia com crianças foi fundamentada nas teorias de gênero, difundidas a partir dos anos 1970. Segundo as teorias de gênero, os referenciais de masculinidade e feminilidade não são pautados pela natureza, mas apreendidos segundo os modos de socialização a que nos submetemos. Diferentemente do sexo, enquanto um referencial anatômico de macho e fêmea, os gêneros masculino e feminino resultam de uma construção social, e variam de acordo com cada cultura”, afirma Michele.

Casamento: uma necessidade?

“Além de acompanhar as brincadeiras, Michele exibiu nas escolas os filmes Cinderela e Mulan, com o objetivo de mapear como as crianças compreendiam as narrativas dos filmes com as princesas da Disney. A escolha foi feita porque se trata de duas personagens “Disney Princesas” conceitualmente diferentes. Enquanto Cinderela é a princesa ‘clássica’, passiva, sempre à espera de outras pessoas para resolver os seus problemas, Mulan, segundo a própria descrição no site da Disney, é uma princesa rebelde, que a partir de suas ações, desencadeia os acontecimentos na história.”

Mais do que marginalizar completamente as personagens das princesas, Michele acredita que é preciso garantir que as crianças tenham acesso também a outros tipos de referenciais de feminilidades. “Filmes, músicas, roupas e tantos outros produtos entregues às crianças, não podem ser a única fonte de informação sobre o que é ser mulher.”

Para mim, o curioso da pesquisa no meu ponto de vista de pai, avô e pediatra, além de um fã de desenho animado, é uma mudança muito grande nos personagens da Disney dos anos 40/50/60 como a “Branca de Neve”, “Cinderela”, “Bela Adormecida” com personagens mais modernos retratados em “Mulan”, a “Bela e a Fera” e “Enrolados”. Isso inclui a ótima princesa Merida do filme ganhador do Oscar deste ano, “Valente”, que se aproxima muito mais das meninas e mulheres do século 21.

Cada época tem seus valores e suas princesas. Resta aos pais escolherem aquela que querem em casa: a doce, a meiga e a submissa Branca de Neve ou a rebelde, a independente e a valente Merida.

Leia também: Lidando com a autoimagem dos jovens e adolescentes

Fonte: Universidade de São Paulo (USP)

Atualizado em 22 de abril de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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