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O efeito da pandemia na saúde mental dos nossos jovens estudantes
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O efeito da pandemia na saúde mental dos nossos jovens estudantes

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30/05/2022
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Um estudo realizado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, mostra dados impressionantes sobre a saúde mental dos jovens e quanto a pandemia os afetou. Sete em cada dez estudantes da rede pública estadual relataram sintomas de ansiedade e depressão durante a pandemia do novo coronavírus. Importante dizer que eles não foram diagnosticados ou têm alguma dessas condições, mas reportaram sinais que exigem alerta.

Foram avaliados quase 650 mil alunos, do 5º e 9º ano do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio, e destes, mais de 440 mil relataram problemas relacionados à saúde mental. Entre os problemas relatados estavam a dificuldade de concentração em nível alto ou moderado (30%), esgotamento físico ou sentimento de viver sob pressão (20%), dificuldades de sono (18%) e perda da confiança em si próprio (13%).

As competências socioemocionais são organizadas em cinco macro competências:

  1. Abertura ao novo;
  2. Autogestão;
  3. Engajamento com os outros;
  4. Amabilidade;
  5. Resiliência emocional.

O levantamento apresentou um cenário preocupante de dois grupos ligados mais diretamente ao aprendizado: autogestão (que envolve foco, determinação, organização, persistência e responsabilidade) e amabilidade (que inclui empatia, respeito e confiança). Em relação ao último levantamento, feito em 2019, houve piora em todas as competências avaliadas, entre elas, curiosidade para aprender, responsabilidade, empatia, determinação e respeito.

As perdas socioemocionais se agravaram ainda mais na pandemia, algo que era esperado por educadores e profissionais de saúde mental. Em 2021, mais estudantes se consideraram pouco capazes no exercício de todas as competências socioemocionais relevantes para o aprendizado que em 2019. A falta da escola piorou essa situação.

No caso da competência de ‘empatia’, que aumentou significativamente o cenário, também há preocupação. Não se pode afirmar, mas é muito provável que seja o impacto da falta das aulas, com a falta da convivência e a convivência com os diferentes. Afinal, mesmo quando os jovens convivem com a família ou com conhecidos, eles estiveram próximos apenas entre aqueles que tinham o costume. Eles não conviveram com a diversidade que é necessária dentro da escola.

A preocupação daqui para frente estará em fazer o desenvolvimento socioemocional, o que pode promover resultados positivos para o estudante, seja diretamente sobre o aprendizado, seja em outros aspectos que também o influenciam como saúde mental, relações interpessoais, violência, educação e vida profissional e social.

O estudo também trouxe informações sobre ações no combate à violência em cerca de 200 escolas que têm índices criminais nas proximidades. Por estarem mais vulneráveis, elas terão acompanhamento de perto. Vão ter atendimento especial em um trabalho conjunto com a Secretaria da Segurança Pública para melhorar e apoiar cada vez mais os procedimentos.

Diante deste cenário, a Secretaria da Educação desenvolve e mantém ações em toda a rede. Duas novidades já estão em curso. Uma delas é o Projeto de Convivência. Este componente curricular dos anos iniciais do Ensino Fundamental, que compõe o Programa Inova Educação, tem como objetivo promover as competências socioemocionais dentro do ambiente escolar. São oferecidas aulas semanais para trabalhar diversas competências e comportamentos, como respeito, solidariedade, tolerância e perseverança, com foco na formação humanística e cultural para mobilizar ou regular as emoções.

Também para promover o desenvolvimento socioemocional de estudantes e profissionais da educação, a Seduc-SP desenvolve o Conviva SP. O Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar promove ações voltadas, especialmente, à promoção da saúde mental na escola, sobretudo docentes e estudantes. “O Conviva atua de forma presencial e formativa, neste caso online, para levar um ambiente solidário, colaborativo, acolhedor e seguro nas nossas escolas. Entre outros pontos, identifica vulnerabilidades para implementar planos de melhoria da convivência, além de atrelar ações proativas de segurança, articular a participação ativa da família na vida escolar dos alunos, com o ‘Psicólogos da Educação’, e ofertar ações de serviço de assistência e saúde mental”, resume Rossieli Soares, Secretário da Educação do Estado.

Fonte:

 https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,ansiedade-depressao-alunos-adolescentes-sao-paulo,70004026492

https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/conteudos/mapeamento-aponta-que-70-por-cento-dos-estudantes-de-SP-relatam-sintomas-de-depressao.html

Saiba mais:

 https://institutopensi.org.br/lugar-de-crianca-e-na-escola/

https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/coronavirus-lidando-com-o-fechamento-das-escolas/

https://institutopensi.org.br/a-pandemia-e-a-desigualdade-estao-afetando-as-criancas/

https://institutopensi.org.br/educacao-das-criancas-outra-vitima-da-covid-19/

https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/o-que-de-bom-esta-pandemia-pode-trazer-ao-desenvolvimento-das-criancas/

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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