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PAPE: seis meses de aprendizados, desafios e 1.319 crianças atendidas – todas, pacientes do SUS
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PAPE: seis meses de aprendizados, desafios e 1.319 crianças atendidas – todas, pacientes do SUS

PAPE: seis meses de aprendizados, desafios e 1.319 crianças atendidas – todas, pacientes do SUS

11/04/2023
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O espaço PENSI Ambulatórios Pediátricos (PAPE): além das sete especialidades disponíveis, três novas estão sendo negociadas com a prefeitura (oftalmologia, psiquiatria e endocrinologia)

 

Parceria com a Secretaria Municipal da Saúde para manter ambulatório acaba de ser renovada até 2025

 

Fruto de um acordo de cooperação firmado em 2022 entre a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o PENSI e a Fundação José Luiz Egydio Setúbal (FJLES), o PENSI Ambulatórios Pediátricos (PAPE) chega aos seus primeiros seis meses de vida com aprendizados, desafios e 1.319 crianças atendidas – todas, pacientes do SUS. O total de consultas se dividiu nas especialidades de neuropediatria (648), pneumopediatria (188), nutrição (183), gastroenterologia (131), alergia/imunologia (116) e pediatria (53), com médicos e outros profissionais, em sua maioria, pertencentes ao corpo clínico do Sabará Hospital Infantil. Os números só não são ainda mais altos devido à taxa de 34% de absenteísmo registrada neste primeiro semestre de atendimentos, uma questão já encaminhada dentro do instituto e em planejamento de melhorias junto à SMS, uma vez que o agendamento vem direto do sistema da prefeitura (SIga).

O ambulatório ocupa um andar no prédio onde funciona a sede do Instituto PENSI, na mesma quadra do Sabará, em Higienópolis, São Paulo. “Já estamos pensando na expansão do projeto, uma vez que a demanda é muito grande e, a cada passo, notamos a necessidade de ampliar a cobertura para novas especialidades, nas quais existe a carência assistencial”, diz Fátima Rodrigues Fernandes, diretora executiva do instituto.

As novas especialidades prospectadas são oftalmologia, psiquiatria e endocrinologia. “Estamos negociando com a prefeitura”, conta Carla Regina Furlani, gerente administrativa do PENSI e responsável pelo PAPE. Trata-se da primeira experiência 100% assistencial em saúde pública da fundação. O acordo de cooperação, que acaba de ser renovado por mais dois anos, prevê investimento anual de 1,9 milhão de reais do PENSI, sem contrapartida financeira da administração municipal. O projeto constrói uma relação com a área de saúde da prefeitura, amplia o espectro da pesquisa, além de ser campo prático de ensino para residentes e acadêmicos no PENSI, complementa as ações estratégicas do Sabará e traz uma diversidade aos atendimentos médicos.

O PAPE também faz atendimentos mais complexos. Nesse caso, exames como ultrassom, ressonância magnética, tomografia, espirometria (medição da capacidade pulmonar da criança) e eletroencefalograma são realizados no Laboratório Dasa e subsidiados pela FJLES. Além disso, conta com o laboratório de pesquisa do PENSI para realizar imunofenotipagem por citometria de fluxo (exame para detectar se há imunodeficiência em casos de crianças que tiveram alteração no teste do pezinho) e outros exames para avaliar a imunidade, compromisso assumido para dar sequência a um dos grandes projetos de pesquisa do PENSI: a ampliação do teste de triagem neonatal para erros inatos da Imunidade.

O PAPE tem potencial para oferecer cerca de 7.500 consultas e exames por ano. Todas as crianças e adolescentes atendidos (0 a 17 anos) vêm do Sistema Integrado de Gestão de Assistência à Saúde de São Paulo (Siga). A plataforma integrada de apoio à gestão do SUS organiza e controla o fluxo de pacientes, regula o acesso aos serviços de saúde e registra o atendimento em todos os níveis de atenção. “Com esse volume de consultas e exames, vamos aumentar significativamente o banco de dados na nossa área de pesquisa. Haverá uma grande sinergia entre o instituto, o Sabará e a prefeitura”, completa Carla.

Carla Regina Furlani, gerente administrativa do PENSI e responsável pelo PAPE: negociação com a prefeitura para aumentar o número de especialidades

A visão de saúde integral adotada pelo PENSI considera as dimensões biológica, psíquica e social dos indivíduos. Foi com essa perspectiva que o PENSI avançou na concepção e concretização do PAPE. “Também está sendo importante para o desenvolvimento dos nossos residentes, pós-graduandos e estagiários nessa compreensão encadeada da prevenção da saúde infantil nos três aspectos: prevenção, promoção e tratamento”, afirma Fátima.

Quando criado, o ambulatório também foi pensado para oferecer um ambiente propício às crianças com transtornos do espectro autista, com dificuldade de interação social e hipersensibilidades auditiva e visual. A iluminação, por exemplo, é invertida para deixar o ambiente mais confortável; as cores são pouco vibrantes; e foi feito um tratamento acústico para proporcionar pouco barulho. Uma das salas, com jump, elásticos, entre outros equipamentos, é usada pelos terapeutas ocupacionais para estímulos físicos e emocionais. A outra, ao lado, é a chamada multiprofissional, onde atuam fonoaudiólogo e psicólogo na terapia ABA (Applied Behavior Analysis), a análise do comportamento aplicada. Trata-se de um reforço positivo quando a criança evolui em alguns marcos do desenvolvimento. A ABA envolve o ensino intensivo e individualizado das habilidades necessárias na aquisição de independência e melhor qualidade de vida.

O PAPE vem contribuindo com o recrutamento de participantes de pesquisa com o encaminhamento de pacientes para os projetos de pesquisa. Foram cerca de 150 pacientes para o Projeto Assistencial, inscrito pelo PENSI no Programa Nacional de Apoio à Atenção de Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD), do Ministério da Saúde, em 2019. O projeto visa padronizar uma modalidade de atenção à criança com TEA que possa, posteriormente, servir de modelo para implantação em saúde pública. Por um período de 24 meses, 30 crianças autistas de 0 a 6 anos moradoras da capital ou arredores serão acompanhadas. Essas crianças serão prospectadas em Centros de Atenção Psicossocial (Caps) ou Unidades Básicas de Saúde (UBS) de São Paulo. Trata-se de um projeto que tem a relevância de poder mudar a vida dessas 30 crianças e suas famílias, que não conseguiriam esse tipo de atendimento nem no SUS nem em um convênio particular. “Por meio de todas estas atividades do PAPE, demonstramos nossa atuação em prol da saúde das crianças do sistema público e também damos suporte para geração e disseminação do conhecimento em saúde infantil”, completa Fátima.

Por Rede Galápagos

 

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Comunicação PENSI

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mensagem enviada

  • Cláudio Roberto Duzzi disse:

    Boa tarde
    Tenho um filho autista de nove anos já com laudo.
    Gostaria de saber como faço para participar do programa de terapias, fono,TO, psicologia etc.
    Grato

    • Comunicação PENSI disse:

      Prezado Cláudio, agradecemos o contato! As crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) atendidas neste espaço participam de uma pesquisa específica, que possui incentivo do Programa Nacional de Apoio à Atenção de Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD), do Ministério da Saúde. Diante disso, não é possível agendar um atendimento de forma direta. Permanecemos à disposição! Instituto PENSI.

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