PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
Temos que vacinar nossas crianças – Faça a sua parte!
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
Temos que vacinar nossas crianças – Faça a sua parte!

Temos que vacinar nossas crianças – Faça a sua parte!

23/02/2023
  1680   
  0
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

Volto a escrever sobre o assunto de vacinação em crianças. Em dezembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) alertou a equipe de transição do novo governo sobre as perigosas taxas de imunização das crianças brasileiras. Creio que isso é um problema de todos nós e que temos como fazer a nossa parte.

No Brasil, as coberturas vacinais vêm caindo desde 2015, colocando o país em alerta para o perigo do retorno de doenças evitáveis. A cobertura da vacinação contra a poliomielite (paralisia infantil), por exemplo, caiu de 98% em 2015 para 70% em 2021. A cobertura da primeira dose da vacina tríplice viral – que protege contra sarampo, caxumba e rubéola – caiu de 96% para 74% no mesmo período. Já a cobertura da vacina pentavalente – contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b – passou de 96% para 70%. Esses são os dados do DataSUS referentes a 2021, em consulta no dia 28.11.2022 feita pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Para a maioria das vacinas, a cobertura vacinal deve alcançar 95% ou mais, para que todas as crianças ou uma comunidade fiquem protegidas. Entre os dez estados com as taxas mais baixas de cobertura vacinal contra a poliomielite em 2021, nove estão nas regiões Norte e Nordeste.

O declínio das coberturas vacinais no Brasil deve-se a muitos fatores, como o número crescente de crianças que vivem em ambientes de vulnerabilidade, acesso à imunização, aumento da desinformação e desafios relacionados à covid-19 – como interrupções de serviços e da cadeia de suprimentos, o horário de funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o aumento do número de vacinas.

Para ajudar um pouco na resolução desse problema, a nossa Fundação está apoiando financeiramente o Unicef no seu projeto de Busca Ativa Vacinal, o BAV. Para chegar ao desenho atual da estratégia de Busca Ativa Vacinal, o fundo investiu em projetos-piloto, realizados em 2022, em quatro municípios: Abaetetuba (PA), Barreirinhas (AM), Baturité (CE) e Campina Grande (PB), com parceria estratégica da Pfizer e apoio da Fundação José Luiz Egydio Setúbal.

Ao longo dos meses, o Unicef foi testando e aprimorando a estratégia nas redes municipais de saúde desses quatro municípios, visando criar uma metodologia que pudesse ser utilizada em larga escala. Por meio de encontros virtuais mensais e alguns encontros presenciais, foram discutidos a organização das equipes e da metodologia da estratégia no município; qual a realidade local; quais as diferentes iniciativas que já eram desenvolvidas para alcançar as coberturas vacinais ideais; o que estava funcionando bem; e as vulnerabilidades que impediam cada município de alcançar as metas preconizadas.

Agora, a partir de dezembro, a Busca Ativa Vacinal (BAV) é voltada aos 2 mil municípios da Amazônia e do Semiárido que participam do Selo Unicef. A plataforma já está no ar para que os municípios façam adesão à estratégia e comecem a cadastrar suas equipes. Para tanto, é necessário que cada município designe um gestor da BAV – responsável geral pela estratégia – e um coordenador operacional – responsável pela implementação, junto aos demais agentes públicos locais. A partir do lançamento, também, os municípios já podem acessar o primeiro curso de educação à distância (EAD) da BAV, disponível na plataforma do Selo Unicef.

Em março de 2023, a plataforma da BAV passará a contar com uma funcionalidade para registro, identificação e monitoramento dos casos de crianças não imunizadas ou com atraso vacinal, que poderá ser utilizada por cada município em seu trabalho diário. Também serão disponibilizados cursos específicos para os atores de campo.

A BAV é uma estratégia do Unicef para apoiar os municípios na garantia da imunização infantil. Usa uma metodologia social e uma ferramenta tecnológica – que será disponibilizada gratuitamente para municípios – e contribui para identificar crianças menores de 5 anos com atraso vacinal ou não vacinadas; estabelecer estratégias para encaminhamento aos serviços de saúde e atualizações de vacinação; monitorar a cobertura vacinal; acompanhar a situação vacinal da população alvo; e identificar e responder a vulnerabilidades que levam à não vacinação. A estratégia incentiva a participação de diferentes áreas na BAV, como Educação, Saúde e Assistência Social, fortalecendo a rede de garantia de direitos.

Como eu disse acima, nós fazemos a nossa parte apoiando projetos como esse, fazendo a divulgação sobre a vacinação, levando informação para o público em geral. Também realizamos o Fórum de Política Públicas para debater temas como a imunização na infância e adolescência, de onde sai o material que utilizamos para fazer a defesa (advocacy) desse assunto junto às autoridades. Mas, acreditamos que todos nós, cidadãos que vivemos em uma comunidade, podemos fazer mais. Podemos vacinar nossos filhos, incentivar que nossos filhos vacinem nossos netos e que nossos amigos vacinem seus filhos e cobrar das escolas sobre a situação vacinal dos alunos, e que elas façam campanhas de conscientização sobre a importância de se vacinar.

A vacinação ou imunização de uma criança não é um ato isolado, é um ato de cidadania, uma vez que não está protegendo apenas aquela criança, mas toda uma comunidade. Para que isso aconteça, é preciso que, pelo menos, 95% dessa comunidade esteja plenamente imunizada.

FAÇA A SUA PARTE, NÓS ESTAMOS FAZENDO A NOSSA. NÃO COLOQUE TUDO NA CONTA DO GOVERNO, NÓS TAMBÉM TEMOS AS NOSSAS RESPONSABILIDADES.

Saiba mais:

https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/unicef-lanca-busca-ativa-vacinal-para-enfrentar-retrocesso-na-imunizacao-infantil

https://institutopensi.org.br/vacinacao-e-hora-de-lutar-por-esta-causa/

https://institutopensi.org.br/dia-nacional-da-vacinacao-lembra-a-importancia-de-manter-a-caderneta-atualizada/

https://institutopensi.org.br/estamos-na-pior-cobertura-de-vacinacao-de-nossa-historia-recente/

Vídeos:

https://www.youtube.com/playlist?list=PLdctaWFAO0WPdy-R2Vv60tP7mqpEyL03V

Publicações:

https://fundacaojles.org.br/biblioteca/vacinacao-e-hora-de-lutar-por-esta-causa/

 

 

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.