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A capacidade de bronzear/queimar tem algo a ver com genética?
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A capacidade de bronzear/queimar tem algo a ver com genética?

A capacidade de bronzear/queimar tem algo a ver com genética?

05/01/2024
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Com a aproximação do verão, muitos de nós voltamos os nossos pensamentos para as praias e o bronzeado. E sim, até certo ponto, a genética certamente tem algo a ver com a capacidade de se bronzear/queimar!

Quando era criança, não existiam protetores solares e eu sofria muito nas férias de verão por ter a pele muito clara. Ficava todo vermelho, e como se dizia na época, um camarão. Meus irmãos, embora claros, tinham a capacidade de ficar bronzeados. Existem dois fatores principais que importam aqui: a cor natural da sua pele e como ela responde à luz solar.

Cor natural da pele

A pele humana possui uma ampla gama de cores. Normalmente, a pigmentação da pele de um indivíduo resulta de uma combinação de fatores genéticos e da exposição ao sol. Nos humanos, um pigmento chamado melanina é o principal determinante da cor da pele. Pessoas que produzem mais melanina terão pele mais escura. Por outro lado, pessoas com menores concentrações desse pigmento terão pele clara.

A melanina é produzida por células localizadas na pele chamadas melanócitos. Em geral, os humanos têm uma concentração semelhante de melanócitos na pele. Mas os melanócitos de alguns indivíduos produzem grandes quantidades de pigmento e os de algumas pessoas produzem muito pouco. É por isso que todos nós temos cores de pele diferentes! Ainda estamos trabalhando para descobrir mais sobre os mecanismos genéticos subjacentes à cor natural da pele. Até agora, os cientistas identificaram mais de 20 genes que têm um efeito importante na variação da cor da pele nas pessoas!

Variação da cor da pele.

Então, o que a melanina faz? A melanina absorve efetivamente a luz. Na verdade, é capaz de dissipar mais de 99,9% da radiação UV absorvida. Isso significa que o pigmento pode proteger a pele dos raios solares nocivos. Pessoas de pele mais escura são naturalmente mais resistentes aos efeitos nocivos da luz solar.

Como você deve saber, a radiação UV pode causar câncer de pele. Faz sentido, então, que pessoas com melanina mais concentrada tenham menor incidência de câncer de pele. Além de danificar a pele, a radiação UV também desencadeia a produção de melanina. Isso faz com que a pele escureça, protegendo-a contra futuras radiações UV. É assim que as pessoas se bronzeiam. Pessoas com pele mais escura têm maior probabilidade de se bronzear do que de se queimar. A pele deles já está preparada para produzir melanina.

Mas o que a genética tem a ver com tudo isso?

Existem fatores genéticos relacionados à forma como sua pele responde à luz solar. Alguns genes afetam a capacidade do corpo de criar melanina em resposta à exposição solar. Um estudo mais recente analisou o genoma de quase 180 mil pessoas de ancestralidade europeia e encontrou novas variações genéticas associadas ao bronzeamento da pele, aumentando a lista para 20 genes relacionados a essa característica.

Podemos concluir que a genética tem impacto na cor da pele. Isso inclui genes relacionados à cor natural da pele e à resposta da pele à luz solar. E estes últimos são os que desempenham um papel no controle se você tem maior probabilidade de se queimar ou de se bronzear. Além disso, uma boa percentagem destes também pode estar envolvida no câncer da pele.

Em suma, o bronzeamento é um sinal de dano à pele. Embora frequentemente associado à boa saúde, o “brilho” de um bronzeado é exatamente o oposto de saudável; é evidência de lesão de DNA em sua pele. O bronzeamento danifica as células da pele e acelera os sinais visíveis de envelhecimento. Pior de tudo: o bronzeamento pode levar ao câncer de pele. É um fato: não existe bronzeado seguro ou saudável. O bronzeamento aumenta o risco de carcinoma basocelular, carcinoma de células escamosas e melanoma. Sua melhor defesa é evitar bronzear-se completamente.

Embora a genética possa ser um fator importante, o problema das queimaduras solares é fácil de se resolver por meio de mudanças comportamentais, como o uso de protetor solar para aproveitar o sol com segurança.

Fontes:

https://www.thetech.org/ask-a-geneticist/articles/2020/does-ability-tanburn-have-something-do-genetics/

https://blog.meudna.com/esta-no-dna-bronzeamento/

https://www.skincancer.org/pt/risk-factors/tanning/

Saiba mais:

https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/bronzeamento-artificial-risco-de-cancer/

https://institutopensi.org.br/verao-e-epoca-de-cuidados-redobrados-com-criancas-no-sol/

https://institutopensi.org.br/janeiro-bronze-campanha-alerta-para-riscos-de-longo-prazo-da-exposicao-ao-sol/

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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