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Operar a garganta e seus riscos
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Operar a garganta e seus riscos

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18/03/2014
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garganta

Na minha geração quase todas as crianças sofreram cirurgia de amígdalas. Hoje apesar de ter diminuído muito o número, graças ao uso de antibióticos, ainda é um procedimento bem comum. No Hospital Sabará, fizemos em 2013 cerca 140 amigdalectomias.

Mais de meio milhão de amígdalectomia são realizados todos os anos em crianças nos EUA, tornando o procedimento a segunda razão mais comum para o atendimento em hospitais infantis.

Um estudo publicado na revista Pediatrics em fevereiro 2014 mostra qualidade do atendimento de crianças depois de uma cirurgia e como as crianças são propensas a voltar para o hospital para problemas como sangramento, vômitos e desidratação após a cirurgia – variando significativamente entre os hospitais.

O estudo “Variation in Quality of Tonsillectomy Perioperative Care and Revisit Rates in Children’s Hospitals,”, acompanhou uma série de crianças de baixo risco submetida no mesmo dia amigdalectomia em 36 hospitais pediátricos entre 2004 e 2010.

Os pesquisadores avaliaram a qualidade do atendimento com base em  hospitais que seguem diretrizes atuais e recomendam que a dexametasona (um corticosteróide utilizado para reduzir náuseas, vômitos e dor) seja prescrito no dia da cirurgia, e não antibióticos. Eles também acompanharam quantos pacientes retornaram ao hospital para problemas dentro de 30 dias da cirurgia.

Dos quase 140.000 crianças, 8% tiveram um retorno ao hospital dentro de 30 dias, mais comumente para o sangramento e vômito e desidratação. Em alguns hospitais, no entanto, a taxa de nova visita era de 3%, em comparação com 12,6% em outros hospitais. As crianças mais velhas, entre 10 e 18 anos de idade, estavam em maior risco de voltar para o hospital devido a hemorragia, e em menor risco de vômitos e desidratação, em comparação com crianças com idades entre 1 a 2 anos.

Os autores do estudo concluem que uma variação substancial existe na qualidade do atendimento para amigdalectomia de rotina em hospitais infantis dos Estados Unidos. Os dados devem ser úteis para os esforços de melhoria da qualidade amigdalectomia dos hospitais, de acordo com os autores do estudo.

Aqui no Hospital Infantil Sabará não costumamos usar este procedimentos, e nossa taxa de complicações é muito menor, talvez explicado por uso de técnicas diferentes no Brasil e EUA. De qualquer maneira vale a pena conversar com seu médico caso seu filho seja operado e perguntar das complicações.

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

“Variation in Quality of Tonsillectomy Perioperative Care and Revisit Rates in Children’s Hospitals,”

 

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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