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Por que o mar é salgado?
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Por que o mar é salgado?

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08/01/2016
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Quem não gosta de ir à praia e tomar aquele banho de mar gostoso que revitaliza qualquer um? O mar é de fato uma das coisas mais belas de nossas vidas e, junto ao sol, deixa nossas vidas muito mais cheias de cor.

Apesar de sua beleza, a única coisa que incomoda às vezes é quando estamos tomando banho de mar e de repente engolimos aquela água que tem um gosto forte de sal, não é mesmo? Se você já se perguntou de onde vem aquele sal todo, é o que explicaremos aqui.

De onde vem o sal da água do mar?

Para responder a essa pergunta, precisamos estudar um pouco sobre a dinâmica de desgaste dos relevos e também do próprio ciclo das águas do mar. A água do mar é composta por uma solução de uma série de diferentes tipos de sais minerais que são dissolvidos ao longo de centenas de milhões de anos. Esses sais tem origem na erosão da chuva, do mar, do vento, de caudais dos rios e do arrasto de pequenas partículas de rochas em direção ao mar. Parte desses sais minerais gera matéria orgânica e é levada ao mar. Dentre todos os elementos abundantes no mar, temos o cálcio, o potássio, o cloro e principalmente o sódio – popularmente conhecido como sal de cozinha – que representa mais de 80% de todos os sais minerais que são dissolvidos no mar.

Como acontece esse processo?

Para esclarecer o motivo pelo qual o mar é salgado, precisamos entender alguns pontos referentes ao ciclo da água. No planeta Terra, cerca de 84% da água evaporada sai dos grandes oceanos. Porém, devido à ação dos ventos, só 76% dessa água retorna para a superfície sob a forma de chuva, recaindo sobre os mesmos oceanos. Com os rios, isso acontece um pouco diferente. Eles tem contribuição com 15% da água evaporada em nosso planeta, recebendo 23% através das chuvas. Isso quer dizer que os rios perdem menos água do que recebem, o que seria o contrário se compararmos ao que acontece com os oceanos. Para manter o sistema equilibrado, esse excesso de água é escorrida para o mar. Dito isso, partiremos para o próximo ponto.

Ao percorrerem os continentes, as águas dos rios apresentam íons, que são átomos ou o conjunto deles que tem conseguem ligar-se a outros íons de sódio ou cloro. Esses íons deixam as rochas e unem-se formando o chamado cloreto de sódio – aquele sal que você coloca na comida – que é carregado junto com as águas dos rios até ser desembocado no mar. Já que o sal não consegue evaporar com a água, nosso planeta vai acumulando essa substância nos mares. Considerando que esse processo se repete por centenas de milhões de anos, a quantidade de cloreto de sódio nos mares é alta, e é exatamente isso o que torna a água do mar salgada.

Acredita-se que nossos oceanos recebam cerca de mais de 2 milhões de toneladas de diferentes sais minerais todos os anos. Isso, entretanto, não quer dizer que o mar vai ficando cada vez mais salgado, uma vez que ele também perde sal através de mecanismos que equilibram seu sistema. Muitos animais como a estrela do mar, os crustáceos, os moluscos, os ouriços e as próprias tartarugas, por exemplo, utilizam do sódio e do cálcio para poderem construir carapaças e conchas. A quantidade de sal nos oceanos só pode ser equilibrada de forma inteligente pela presença da fauna marinha, além de alguns processos de formação de bacias sedimentares, que ajuda os sais minerais a serem convertidos em rochas a partir de materiais residuais existentes nas profundezas dos oceanos.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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