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Temos como uma de nossas preocupações o estudo e a pesquisa sobre a Primeira Infância. Para nós, essa fase de vida da criança inicia-se na gestação e segue até a idade escolar, aqui no Brasil, aos 6 anos. Nossa preocupação com essa fase se dá porque é nesse período que você pode ajudar a criar adultos saudáveis e bem adaptados ao mundo. Não se pode diminuir os efeitos nocivos do uso de substâncias na gravidez – drogas lícitas como álcool e tabaco, e mesmo as ilícitas como a maconha.
Em um artigo da edição de março da revista Pediatrics, a Academia Americana de Pediatria (AAP) apresentou um relatório técnico intitulado “Abuso de substâncias pré-natais: a curto e longo prazo, os efeitos sobre o feto exposto”, onde fornece informações sobre as substâncias mais comuns envolvidas na exposição fetal: a nicotina, o álcool, a maconha, os opiáceos, a cocaína e as metanfetaminas.
A conclusão do relatório foi que o uso de substâncias na gravidez pode prejudicar o feto em crescimento. No início da gestação, malformações fetais podem ocorrer generalizadamente e, mais tarde, é o desenvolvimento do cérebro do feto que fica mais vulnerável às lesões. Os efeitos da exposição à substância podem incluir o crescimento atrofiado do cérebro ou as descobertas mais sutis como alterações neurocomportamentais.
O álcool, por ser a droga mais utilizada, é a substância mais frequentemente estudada por causa do consumo em excesso, que pode causar vários problemas fetais, incluindo o crescimento restrito, anomalias congênitas, problemas de comportamento, falta de memória e deficiência intelectual. Exposição pré-natal à nicotina tem sido associada com problemas de desenvolvimento cerebral, cognição, linguagem, desempenho e comportamento a longo prazo.
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O relatório conclui que o papel do médico sobre os cuidados primários é abordar a prevenção do uso dessas substâncias no pré-natal, a identificação da exposição, o reconhecimento de problemas médicos para o bebê recém-nascido exposto e o acompanhamento regular para monitorar quaisquer efeitos a longo prazo.
Esse estudo pode ser um bom orientador para nossas políticas públicas de pré-natal como Mãe Paulistana e tantos outros projetos na mesma linha espalhados pelo Brasil.
Fonte: Revista Pediatrics
Atualizado em 25 de abril de 2024
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