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Que tal férias tranquilas neste verão?
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Que tal férias tranquilas neste verão?

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26/12/2023
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Férias de final e começo de ano… Verão que se inicia em 21 de dezembro… As crianças em casa em meados do último mês do ano até o final de janeiro… Que maravilha! Podemos dizer com quase certeza de que 2023 será o ano mais quente já registrado. Já está atualmente 1,43°C acima da média pré-industrial, segundo o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus. Mas, o que podemos fazer para evitar as doenças mais comuns dessa época e que podem atrapalhar este período de descanso? Vamos as dicas:

Diarreia, o vômito e a desidratação

A desidratação é a perda de líquidos e sais minerais do corpo. Normalmente, eles são eliminados pela urina, pelas fezes, pelo suor ou até mesmo pela respiração. No calor, esta perda se acentua, pois transpiramos mais e nas férias, muitas vezes, fazemos mais atividades físicas.

Quando esta perda é muita intensa, seja pelo suor (em crianças pequenas) ou como consequência de uma diarreia e de vômitos, precisamos repor os líquidos e os sais minerais, senão desidratamos. A desidratação pode ser grave e por isso deve ser evitada. Algumas dicas importantes para preveni-la são: prefira um local arejado e com sombra, use roupas leves e ingira constantemente líquidos; deve-se estar atento(a) também aos alimentos consumidos.

O soro caseiro pode ser utilizado sempre que se suspeitar de uma desidratação. Ele deve ser feito misturando uma colher de chá de açúcar e uma colher de café de sal, em um litro de água. Deve-se oferecer à pessoa desidratada à vontade, a cada 20 minutos e após cada evacuação, no caso de diarreia. Há casos em que a desidratação se torna mais grave sendo necessário o atendimento hospitalar.

Exposição ao sol

Em um país tropical, a exposição ao sol deve ser cuidadosa, não só pelos perigos de queimaduras e prevenção ao câncer pele, mas pelo perigo de insolação. A insolação é provocada pela exposição intensa e prolongada ao sol. Ela pode provocar dor de cabeça, náuseas, tontura, hipertermia, falta de ar e até a perda de consciência.

Quando está muito calor, ir à piscina ou à praia por um curto período ou ficar dentro de casa para fazer artesanato, ler ou jogar jogos de tabuleiro faz mais sentido. Planeje com antecedência se souber que haverá vários dias seguidos de calor intenso. Tente pensar em maneiras criativas de fazer as crianças mudarem suas atividades e evitar a “febre” ou sentimentos inquietos e irritáveis. Para eles se manterem ativos, sugira alguns alongamentos fáceis de ioga, brinque de esconde-esconde em ambientes fechados ou invente desafios físicos divertidos que não sejam muito extenuantes.

Em temperaturas extremas, o ideal é utilizar aparelhos de ar-condicionado, realidade fora do alcance de boa parte das famílias brasileiras. Se a sua casa não tem ar-condicionado, procure um prédio próximo que tenha. Bibliotecas e shopping centers podem ser ótimos lugares para um refúgio fresco do calor!

E quanto aos ventiladores? Enquanto estiver em casa, feche as persianas e as cortinas. Pisos inferiores tendem a ser mais frios. Os ventiladores podem ser úteis para resfriar se você não tiver acesso a nenhum ar-condicionado. Se você usar um ventilador, mantenha-o a uma distância segura de você e de seus filhos para evitar acidentes, como dedos presos ou equipamentos próximos à água. Esses equipamentos não devem ser usados ​​em calor extremo, pois não resfriam o ar. O uso de ventiladores quando as temperaturas são mais altas que a temperatura corporal pode fazer com que o corpo ganhe em vez de perder calor.

Se você estiver fora, há várias ações para proteger seu filho(a) de doenças e perigos relacionados ao calor:

  • Mantenha-se hidratado: incentive seus filhos a beberem água com frequência e tenha uma garrafa sempre disponível ao sair. Em dias quentes, os bebês que recebem leite materno ou fórmula em mamadeira podem receber uma quantia adicional, mas não devem receber água, especialmente nos primeiros seis meses de vida.
  • Vista-se levemente: vista seus filhos com roupas claras, leves e limitadas a uma camada de material absorvente que maximize a evaporação do suor. As crianças têm uma capacidade menor de transpiração do que os adultos. Certifique-se de usar bastante protetor solar.
  • Planeje um tempo extra de descanso: muitas vezes, o calor pode fazer as crianças e seus pais se sentirem cansados. O calor alto também pode contribuir para a irritabilidade. Entre regularmente para se refrescar, descansar e beber água.
  • Mantenha a calma: quando seu filho(a) estiver com calor, dê-lhe um banho frio ou um jato de água para esfriar. A natação é outra ótima maneira de se refrescar enquanto se mantém ativo. Lembre-se de que as crianças devem sempre ser supervisionadas enquanto nadam ou brincam na água para evitar afogamentos.
  • Nunca deixe seu filho(a) no carro: o interior de um carro pode ficar perigosamente quente em pouco tempo, mesmo com as janelas abertas.

Pelo seu tamanho e peso, as crianças são mais suscetíveis a estes problemas, por isso, fique atento(a) e ofereça periodicamente líquidos, use protetor solar e as coloque em lugares arejados e sombreados, evitando uma exposição muito prolongada.

As pessoas devem evitar tomar sol entre 10h e 16h (11h e 17h, no horário de verão) e não devem fazer exercícios físicos nesses horários de maior irradiação ultravioleta.

Problemas de pele (frieiras, bicho geográfico e micoses)

Calor e umidade são o que os fungos precisam para se desenvolverem, por isso, nesta época do ano são mais comuns doenças de pele, como micose, frieiras, pé de atleta, bicho de pé, bicho geográfico etc.

  • Ambientes como os de piscina e praia propiciam o aparecimento de micoses nos pés, e a mais frequente delas é o pé de atleta ou frieira. Ela ocorre entre os dedos, causando coceira, ardor e, quando não tratada, pode facilitar a entrada de germes na perna provocando erisipelas. Além disso, com o passar do tempo, provoca mau cheiro. Se seu filho(a) apresentar sinais de micose, procure o pediatra.
  • O bicho de pé também pode atrapalhar as suas férias, é comum nas praias e no campo, e é transmitido por uma pulga, que infecta a região próxima das unhas. Os sintomas começam com uma leve coceira no local, que pode evoluir para quadros mais graves. Caso acometido pelo bicho de pé, deve-se procurar o médico para sua remoção.
  • Já o bicho geográfico ou larva migrans cutânea é uma larva que vive nos intestinos de cães e gatos e que estão presentes nas fezes de animais contaminados. Quando penetram na pele, em geral nos pés, formam desenhos por onde andam, como se fossem rastros. Apresentam também coceira e inchaço, principalmente à noite. Procure seu pediatra para tratamento.

Intoxicação alimentar e por água contaminada

Verão na praia pode ser uma delícia, mas também tem muitos problemas, uma vez que as pessoas passam o dia e acabam comendo tudo por lá. Cuidado! Procure se informar sobre as condições de higiene com que foi preparado aquele alimento e como está sendo conservado (vale para os que você prepara também). Por isso, dê preferência aos alimentos industrializados como sorvetes, sucos, refrigerantes e evite frutos do mar, frituras etc.

As águas das praias, muitas vezes, estão impróprias. Procure se informar sobre as condições das praias e evite locais onde desembocam esgotos e riachos. Use sempre água mineral, filtrada ou fervida.

Aproveite o verão com o que ele traz de bom, curta seus filhos e sua família. Descanse e tenha boas férias, mas tome os cuidados necessários para que pequenas coisas não atrapalhem.

Saiba mais:

https://institutopensi.org.br/calor-extremo-mantendo-as-criancas-seguras-quando-as-temperaturas-sobem/

https://institutopensi.org.br/verao-e-epoca-de-cuidados-redobrados-com-criancas-no-sol/

https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/especialistas-alertam-para-perigos-do-verao/

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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