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Nos picos de maior procura dos pronto-atendimentos e emergências, como agora em outubro/novembro e mais acentuadamente no outono, recomendamos cautela aos pais ao levarem seus filhos para os consultórios médicos e hospitais.
A Academia Americana de Pediatria (AAP) está atualizando suas recomendações sobre as melhores maneiras de prevenir a propagação de germes durante as visitas ao médico. A publicação da política “Prevenção e Controle de Infecção em Configurações Ambulatoriais Pediátricas”, publicada na revista Pediatrics de novembro de 2017, reconhece que a maioria dos pacientes é vista em ambulatórios ou consultórios médicos e, portanto, o controle de infecção nesses lugares deve ser tão rigoroso quanto nos hospitais.
Fico muito feliz quando leio isso e vejo que no Sabará Hospital Infantil, nos Centros de Excelência e no Instituto Pensi, isso se encontra em nossas políticas e é feito rotineiramente.
A AAP recomenda imunização anual obrigatória da gripe para os funcionários e documentação de imunidade ou imunização contra outras infecções preveníveis por vacina, incluindo coqueluche, sarampo, caxumba, rubéola, varicela e hepatite B.
No documento, a AAP enfatiza a importância da triagem com orientação sobre a tosse e espirro, além da higiene das mãos, e recomenda que as salas de espera estejam equipadas com higienizadores à base de álcool e máscaras. Os pediatras também devem avisar pacientes e acompanhantes para cobrir nariz e boca com os cotovelos, em vez das mãos, quando tossem e espirram, e descartarem os lenços de papel adequadamente. Entre outras recomendações, o relatório recomenda evitar a armazenagem da sala de espera com brinquedos que são difíceis de limpar e podem abrigar germes, como os bichos de pelúcia. Em vez disso, os pais devem ser encorajados a trazer os seus próprios. Os brinquedos das salas de espera precisam ser limpos diariamente.
Novas recomendações incluem precauções especiais para pacientes com fibrose cística, cujos pulmões são especialmente vulneráveis a infecções bacterianas resistentes a drogas. Estes pacientes de alto risco não devem compartilhar espaço na área de espera e, em vez disso, ser colocados diretamente na sala de exames.
Como se pode ver, essas medidas são técnicas e devem fazer parte das políticas dos hospitais e ambulatórios, mas ao mesmo tempo podem dar aos pais e leigos as razões científicas de se evitar estes lugares sem uma razão maior.
Autor: Dr. José Luiz Setúbal
Fonte: Pediatrics October 2017
Infection Prevention and Control in Pediatric Ambulatory Settings
Mobeen H. Rathore, Mary Anne Jackson,
COMMITTEE ON INFECTIOUS DISEASES da AAP
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.