PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
Apesar da Zika, da Dengue, da Chikungunya, da Febre Amarela, ainda dá para acreditar na pesquisa médica no Brasil
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
Apesar da Zika, da Dengue, da Chikungunya, da Febre Amarela, ainda dá para acreditar na pesquisa médica no Brasil

Apesar da Zika, da Dengue, da Chikungunya, da Febre Amarela, ainda dá para acreditar na pesquisa médica no Brasil

07/02/2018
  2860   
  0
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

Embora a Zika seja um problema e uma vergonha para a saúde do Brasil, tão debilitada pelas seguidas epidemias (Dengue, Chikungunya, Febre Amarela) elas mostraram que, pelo menos na área científica, nossos acadêmicos pegaram esta oportunidade e geraram conhecimento importante para o futuro dessas doenças.

Desde o início da epidemia de Zika que assolou o Brasil em 2016, o mundo científico se pergunta o que está ocorrendo no Brasil e por que a Zika, uma doença conhecida há muitos anos, vem se comportando de maneira tão diversa e assustando grávidas do país inteiro?

Cientistas tentam encontrar uma explicação para o fato de nem todas as gestantes infectadas pelo vírus terem bebês com microcefalia e outros problemas neurológicos. Agora, um novo estudo feito com bebês gêmeos, finalmente trouxe uma resposta: um conjunto de alterações genéticas é responsável por aumentar a suscetibilidade de alguns bebês às consequências neurológicas da infecção. A estimativa mostrada na pesquisa é de que de 6% a 12% das gestantes infectadas pela Zika terão bebês nascidos com problemas neurológicos. A pesquisa foi feita com gêmeos, porque eles fornecem informações preciosas para responder se uma determinada condição tem causas ambientais ou genéticas. Durante a epidemia, foram identificados casos de gêmeos discordantes – em que apenas um tem microcefalia. Segundo a pesquisadora, esse fato levou os cientistas a levantar a hipótese –  agora confirmada –  de que a microcefalia decorrente da Zika poderia ser consequência de alguma predisposição genética.

O estudo foi liderado pela geneticista Mayana Zatz (do ICB USP), foi publicado na revista Nature Communications, uma das mais qualificadas e reconhecidas publicações internacionais na área da saúde e da ciência de maneira geral.

No combate à Dengue e à Chikungunya, o Instituto Butantan e o Instituto Evandro Chagas, do Pará, estão desenvolvendo vacinas que serão importantes para o mundo todo, principalmente em países tropicais (e subdesenvolvidos) onde estas doenças se proliferam. Continuam em fases avançadas de teste, mas as pesquisas iniciais mostram que os resultados são promissores e que em breve poderão ser comercializadas.

Na febre amarela, o Hospital das Clínicas da FMUSP foi pioneiro no transplante hepático de pacientes com hepatite fulminante em razão da Febre Amarela. Até a data em que escrevi este artigo, já eram seis casos de transplantes.

Como podemos ver, que tristeza viver num país como o nosso onde se proliferam epidemias preveníveis, mas que alegria ver que algumas pessoas como os professores e pesquisadores do ICB- USP, HC- FMUSP, Butantan e I. Evandro Chagas conseguem, mesmo em condições sofríveis, fazer uma ciência de ponta.

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Fonte: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/vacina-contra-zika-devera-ser-testada-em-humanos-em-2018.ghtml

http://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,componente-genetico-explica-suscetibilidade-de-bebes-com-zika-a-microcefalia,70002174786

https://jornal.usp.br/atualidades/butantan-entra-na-fase-3-da-vacina-antidengue/

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/estado-de-sp-fez-6-transplantes-de-figado-em-casos-graves-de-febre-amarela.ghtml

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.