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As variantes Delta e Ômicron, que causam a covid-19, são altamente contagiosas. Vacinar seu filho é a maneira número um de protegê-lo contra a doença ou espalhá-la para outras pessoas.
Recentemente, a farmacêutica Pfizer anunciou que uma dose de reforço da sua vacina induz a um aumento significativo da proteção de crianças, entre 5 a 11 anos, contra a covid-19. Diante disso, a Pfizer Inc e a BioNTech pretendem solicitar uma autorização de uso emergencial nos Estados Unidos e em outros países. Os resultados foram obtidos no ensaio clínico de fase 2/3, que analisou dados de 140 crianças após receberem uma dose de reforço cerca de seis meses depois da segunda dose da série primária da vacina.
Ao analisar o soro de 30 pacientes, os cientistas encontraram níveis de anticorpos contra a Ômicron aumentados em 36 vezes com a terceira dose em comparação à segunda. Já os títulos de neutralização da cepa original do vírus aumentaram seis vezes após um mês da segunda dose, também comparado ao esquema primário de duas injeções.
Quanto à tolerabilidade e segurança, eles destacaram que, até o momento, mais de 10 mil crianças participaram de ensaios clínicos de análise da vacina, e os dados mais recentes mostraram que o imunizante foi bem tolerado sem novos alertas de segurança. Isso sem contar as milhões de doses aplicadas ao redor do mundo em crianças e adolescentes maiores de 5 anos.
Com os novos dados, as farmacêuticas pretendem enviar uma solicitação de autorização de uso emergencial às agências reguladoras, como a Food and Drug Administration (FDA), de uma dose de reforço para crianças de 5 a 11 anos nos EUA. O mesmo deve ocorrer com outras agências reguladoras de todo o mundo, como a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No Brasil, a vacina da Pfizer e da Coronavac são as duas únicas integrantes da campanha nacional de imunização de crianças contra a covid-19. A primeira é aplicada em pequenos de 5 a 11 anos e a segunda a partir de 6 anos. Conforme dados do consórcio de veículos de imprensa, mais de 11 milhões (55%) de crianças receberam ao menos uma dose contra a covid-19 até 14 de abril, outras 4,2 mi (21%) já têm esquema vacinal primário completo. No Estado de São Paulo, mais de 3,5 mi (98%) de adolescentes, entre 11 e 17 anos, já tinham tomado a primeira dose e 2,5 mi (68%) a dose de reforço. Nas crianças acima de 5 anos, 2,6 mi (63%) com a primeira dose e 1,3 mi (32%) com o reforço.
No Sabará Hospital Infantil, os diagnósticos e as internações caíram drasticamente desde fevereiro, e o maior contingente é de crianças menores de 5 anos que não são elegíveis para a vacinação ou as que não receberam a vacinação completa.
Nossa orientação é para que vocês, pais e responsáveis, vacinem seus filhos, pois as duas vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil são comprovadamente seguras e eficazes e o risco da doença e suas complicações são bem maiores que o da vacina.
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